Desafios e Perspectivas da Educação Permanente na Estratégia da Saúde da Família: percepção de médicos

Niriana Lara Santos Meinberg, Camila Gomes Xavier, Luciana Moro, Eliane Ferreira de Sá

Resumo


Atualmente, constata-se uma grande dificuldade para conseguir e manter mão de obra qualificada para o trabalho na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS). A formação e qualificação de médicos baseia-se em educação permanente que tem sido um grande desafio para a o SUS, tanto do ponto de vista econômico quanto do ponto de vista de qualificação de recursos humanos. O Programa de Educação Permanente para médicos (PEP) tem sido utilizado no estado de Minas Gerais com o objetivo de qualificação da mão de obra na Estratégia de Saúde da Família. O objetivo desta pesquisa é investigar a avaliação que os médicos participantes do PEP do município de Belo Horizonte, MG, no período de 2011 e 2015, fazem do programa. Os dados foram gerados a partir de um questionário estruturado e entrevistas semiestruturadas aplicadas a médicos que participaram do PEP como facilitadores. Para análise dos dados do questionário foi feita inicialmente, uma análise de frequência e em seguida uma análise estatística utilizando a ferramenta Infostat, por meio da prova de Kruskal Wallis. As entrevistas foram analisadas utilizando o método de Bardin. Os resultados obtidos demonstram, o PEP proporcionou espaço de aprendizagem, troca de experiências, melhoria na atenção, diminuição de prescrições e investigações diagnósticas desnecessárias além de romper a sensação de isolamento profissional e, ainda, com potencial de contribuir para melhoria da fixação do profissional. Essa análise pode servir de subsídio para a sistematização de uma estratégia eficaz para a qualificação da mão de obra que atua na atenção primária à saúde no Brasil e contribuir para estudos sobre a grande rotatividade profissional de médicos atuantes na APS.


Texto completo:

DOI 10.29327/2405740.12.1-1

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